“E deram o seguinte relatório a Moisés:
"Entramos na terra à qual você nos enviou, onde manam leite e mel! Aqui
estão alguns frutos dela.Mas o povo que lá vive é poderoso, e as cidades são
fortificadas e muito grandes. Também vimos descendentes de Enaque. Os
amalequitas vivem no Neguebe; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na
região montanhosa; os cananeus vivem perto do mar e junto ao Jordão".Então
Calebe fez o povo calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos
posse da terra. É certo que venceremos! "Mas os homens que tinham ido com
ele disseram: "Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que
nós". E espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca
daquela terra. Disseram: "A terra para a qual fomos em missão de
reconhecimento devora os que nela vivem. Todos os que vimos são de grande
estatura. Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem
parecíamos gafanhotos, a nós e a eles". (Números 13:27-33)
O povo de Israel foi viveu por 430
anos sob um regime de escravidão. Deus tinha dado a eles uma terra boa que
manava ‘leite e mel’. Entretanto aquele povo depois de tanto tempo sendo escravos
acostumaravam-se a pensar como escravos, sentir como escravos e agir como
escravos. Deus queria tratá-los a fim de que pudessem possuir a terra e viver
como livres. Mas foi um processo longo, pois embora eles tivessem saído do Egito,
o Egito ainda não tinha saído deles. O dar é de Deus, mas o possuir é nossa
responsabilidade.
Deus
mandou que eles conquistassem a terra de Canaa. E a conquista de terra era a
representação da conquista de sua própria alma, pois os gigantes externos só
poderiam ser vencidos a partir da conquista dos inimigos internos... “Eles se
viam como gafanhotos diante dos gigantes...”
Já falamos que a nossa alma é a nossa área de conquista, e ela só é possível acontecer quando fechamos as brechas e expulsamos os inimigos do nosso terrítório. Então, a conquista da Terra chamada alma se dá de duas formas:
I - Cuidando das portas:
Assim como uma cidade. A alma tem portas
que precisam ser protegidas. Decidir o que entra e o que sai é responsabilidade nossa.
Por
isso se você abre a porta para lixos, demônios vão se sentir a vontade. O que você
deixa entrar, vai definir o tipo de pessoa que você será. Tire todo lixo de sua alma, proteja suas portas e comece a exercitar e viver a palavra de Deus. Deixe que os valores de Deus guiem você.
II- Destruindo fortalezas :
As prisões na alma consistem EM
PENSAMENTOS MALIGNOS que se estabelecem, principalmente, por causa de feridas,
injustiças sofridas e informações destorcidas que recebemos.
Você
precisa confrontar esses raciocínios contrários à mente de Cristo, que têm o poder
de sustentar um quadro espiritual de miséria sobre vários aspectos da vida e dos relacionamentos.
Esses
raciocínios são interpretados pelo apóstolo Paulo como FORTALEZAS(2 Co. 10.4), ou seja, um
cárcere construído por pensamentos contrários a palavra de Deus e a única forma
de vencê-los são substituindo-os pelas verdades bíblicas.
Vamos ver quatro
fortalezas(raciocínios contrários a palavra) que precisam ser confrontadas
e deixadas de lado a fim de que possamos alcançar uma vida emocional e espiritual
saudável:
a. Síndrome do Conformistas –
'A vida é assim mesmo'- diz o conformista. Uma fortaleza nos leva a dar desculpas para tudo que nos acontece. Os conformistas não agem, são expectadores da vida. São conformados com as feridas, com
o pecado. Não têm sede de mudança. Acostumaram-se a viver uma vida mediocre,
dão o mínimo e recebem o mínimo da vida. Acostumam-se a um casamento ruim e
dizem: ‘É assim mesmo.’ Conformaram-se com o pior em muitas áreas de sua vida,
porque não estão dispostos a lutar e ‘pagar o preço’. Vença essa fortaleza!
Esse raciocínio maligno. Não se conforme com as feridas, com o pecado. Saia do
comodismo e substitua-o pela palavra: “Não
se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua
mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.”(Romanos 12:2)
b. Síndrome do Coitado – ‘Por
que as coisas são assim pra mim?’- diz o coitado. Na verdade essa síndrome faz
com que nós queiramos que as pessoas sintam pena de nossa vida, de nossa
história. A vida sempre parece um drama, nossa situação sempre a pior. Essa fortaleza gera pecado,
porque usamos a culpa como manipulação. Normalmente pessoas que sofreram
traumas tem mais tendência a se sentir assim, mas essa fortaleza precisa ser
destruida e substituida pela verdade: “Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por
meio daquele que nos amou.”(Romanos 8:37)
c.
Medo de reconhecer erro – ‘errar é humano, mas eu não reconheço os meus
erros’. Nós achamos que ao reconhecermos erros é humilhante, mas isso nos faz nobres.
Estamos lutando contra o orgulho e todas as tendências carnais de nossa alma
quando reconhecemos nossos erros. Erramos no passado e continuaremos errando,
pois somos humanos, mas há uma fortaleza que nos impede de admitir nossos erros
e pedir perdão. É preciso derrubar também essa fortaleza a confrontando com a
palavra: Contra
ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua
sentença e tens razão em condenar-me.(Salmos 51:4)
"O
filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de
ser chamado teu filho’.Lucas 15:21
d. Medo de correr riscos- O
medo da crítica, do vexame, da rejeição, do pensamento alheio, dos olhares. Medo
de relacionamento não dá certo. Medo de assumir a responsabilidade. Medo que as
pessoas o critiquem. Medo de perder, medo... O medo é um grande gigante a ser
vencido. Os corajosos não são aqueles que não tem medo, são aqueles que
resolvem fazer o que devem, apesar do medo. “Não tenha medo; você não sofrerá vergonha. Não tema o
constrangimento; você não será humilhada. Você esquecerá a vergonha de sua
juventude e não se lembrará mais da humilhação de sua viuvez.”(Isaías 54:4)
“Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo,
pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha
mão direita vitoriosa.”(Isaías 41:10)
Conclusão:
Todas as fortalezas se estabelecem
por causa das feridas. Elas são erguidas no local onde se abrem feridas, por
isso o Diabo vai usar situações e pessoas a fim de nós ferir, para que ele
tenha acesso garantido. Por isso, insitistimos com o remédio do perdão, pois a ferida quando não tratada, mais grave
ela vai se tornando... Ferida gera mágoa, mágoa se transforma em amargura,
amargura se transforma em vingança e vingança se torna em assassinato ou
suicídio. Ferida não tratada infecciona e vira ninho de vermes.... Precisamos
ser radicais no tratamento das feridas.
Por isso a cura interior e a
libertação andam juntas, porque
libertação é o processo de expulsar os demônios que se apossaram das feridas. E
se não houver “limpeza” os demônios voltam a atuar.
Assim
como feridas físicas são um chama para os vermes, as feridas na alma criam uma
terrível oportunidade para as especulações e raciocínios malignos serem
implementados. Vamos destruir todas as fortalezas e viver as verdades de Deus.
Obs. Ore
quebrando fortalezas na vida de pessoas, peça que elas declarem quais fortalezas(pensamento sobre elas, Deus e pessoas contrários à palavra)
precisam ser derrubadas. Enfatize que feridas precisam ser curadas a fim de que
essas fortalezas não sejam reerguidas.
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