A Parábola dos Dois Devedores - E as lições do Senhor sobre o Perdão

Antes de começar este estudo faça a seguinte pergunta - Semana passada o estudo foi sobre a "Parábola do Bom Samaritano" onde discutimos a respeito da bondade que temos que demonstrar ao nosso próximo. Alguém gostaria de compartilhar alguma experiência que teve durante esta semana diante do desafio que assumimos de fazer de tudo para ajudar os outros? 

Introdução:

1. Tão logo o Senhor Jesus terminou de ensinar os seus discípulos como resolver os problemas que surgem nos relacionamentos, Pedro toma coragem e pergunta: Senhor, quantas vezes eu devo perdoar o irmão que me prejudica? sete?
2. Jesus responde: "sete é pouco, perdoe setenta vezes sete."
3. É claro que o princípio do perdão não pode ser explicado ou entendido a partir de uma multiplicação numérica, por isso o Senhor Jesus conta esta extraordinária parábola dos dois devedores.

Leia comigo: Mateus 18. 21-35

Interessante:

1. É provável que Pedro faça esta pergunta, porque normalmente as tradição dos mestres da época ensinavam o princípio do perdão em termos de números. Um dos rabinos dizia que a pessoa era obrigada a perdoar até duas vezes, da terceira em diante o perdão já não era mais obrigatório. Com esta resposta Jesus está dizendo: "Se vocês querem entender o perdão em termos de números então eu digo que perdoem a ofensa da mesma pessoa até 490 vezes. Com esta resposta Jesus excedeu todos os limites imagináveis para o perdão, o que chocou a todos.
2. 10.000 talentos - Na época do império romano, um talento equivalia a 6.000 denários, sendo um denário quase o salário de um dia para um trabalhador comum. O salário de um dia hoje  é em média 50 reais, 10.000 talentos seriam aproximadamente 3 bilhões de reais.
3. 100 denários -  Nos dias de hoje, cerca de R$ 10 mil reais.

Extraindo e Aplicando o Ensino

1. O que mais lhe chamou a atenção nesta parábola?
2.  Considerando a grande diferença entre as dívidas, em sua opinião o que Jesus queria ensinar quando fez este contraste tão dramático entre a atitude do rei e a atitude do servo mau?
3. Considerando a parábola, vimos que proporcionalmente nenhuma das duas dívidas poderiam ser pagas ou restituídas. Qual você acha que é a condição emocional e espiritual de alguém que decide não perdoar,  mesmo sabendo que ela mesma também precisa de perdão e que ofensa que o outro lhe causou não pode ser restituída?
4. Quem poderia dar um breve testemunho pessoal que ilustre este assunto que estamos tratando?
5. Quem gostaria de assumir uma nova postura diante do perdão e se comprometer a partir daqui em resolver todos os  problemas que, por ventura, existam em sua vida hoje? 
6. Considerando o que você está vivendo e o que foi ministrado, o que o Senhor de maneira específica disse para você fazer?
7. Quais serão as contribuições práticas deste estudo de hoje para os seus relacionamentos na família, na vizinhança, no trabalho e na igreja?

Conclusão

Jesus conclui dizendo: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas” .

·      Não espere sentir vontade de perdoar, a vontade não virá.

·      Não espere se sentir melhor para perdoar, perdoe e você se sentirá melhor.

Pensamento - Aquele quem não perdoa o outro, destrói a ponte que o levaria ao céu.
Nossa oração - É para que Deus nos dê um coração igual ao Dele,  completamente perdoador e sadio.

A Parábola do Bom Samaritano

Quebra-Gelo: 

Introdução:

1. Certo dia um mestre da lei de Deus querendo testar o Senhor lhe perguntou: o  que devo fazer para herdar a vida eterna?

2. Jesus então lhe perguntou: o que está escrito na lei do Senhor? Ele então imediatamente citou os dois mandamentos mais importantes da lei: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si memo.

3. Pelo que Jesus lhe disse: você respondeu muito bem, vai e faça isso, “e terás a vida eterna”. O mestre que conhecia muito bem a lei mais se recusava a praticá-la tentou se justificar dizendo: Quem é o meu próximo? Foi por causa desta pergunta que Jesus contou esta tão bela parábola que vamos ler agora.

Leia Comigo: Lucas 10.25-37

Interessante: Jerusalém está a 800 metros acima do nível do mar e Jericó está a 400 metros. A estrada era bem acidentada e em menos de 30 quilômetros descia 1200 metros. Como hoje, naqueles dias havia muitos ladrões e assaltantes que se aproveitavam dos despenhadeiros para emboscarem as suas vitimas. 

Perceba e Aplique o ensino

1. Em sua opinião quais foram os prováveis motivos para a atitude de indiferença com a dor do outro daqueles religiosos (sacerdote, levita)?

3. O que mais chamou a sua atenção neste texto?

4. Baseado nesta parábola o que a bíblia quer dizer com: “meu próximo”? Complete a frase: Meu próximo é...

5. Se o seu próximo é toda qualquer pessoas que está precisando de você, quem gostaria de nessa semana pegar o desafio de fazer de tudo para ajudar aqueles que Deus colocar em seu caminho precisando de ajuda?

6. Como você se sentiria se estivesse na pele daquele mestre da lei diante da resposta de Jesus? E que decisões prováveis você acha que iria tomar a partir dali?

7. Alguém poderia compartilhar uma experiência em que foi muito ajudado por um desconhecido? Como foi, como você se sentiu?

8. Diante desta palavra quem aqui hoje sabe que precisa de melhorar nesta questão? E quem aqui sabe que também precisa de se arrepender por ter se omitido diante da necessidade do outro (No trabalho, na igreja, na escola, no banco, etc.? 

Conclusão:

1. Com esta parábola Jesus está denunciando e reprovando uma religiosidade destituída de amor e compaixão. Se estamos na igreja, mas só temos olhos para o nosso próprio umbigo, para os nossos próprios interesses, o que estamos fazendo de diferente daqueles que não estão?

2. Jesus dirige esta parábola principalmente para um mestre de lei, com isso o Senhor está nos dizendo que não adianta sabermos tanto sobre a bíblia, conhecermos todas as suas verdades se não estivermos disposto a praticá-la

3. Jesus é o verdadeiro Bom Samaritano. Nós estávamos como aquele pobre homem, assaltado por Satanás estávamos a beira do caminho, sofrendo, ferido e perdido; mas Ele teve compaixão de nós e nos  achou, então curou as nossas feridas e com o seu precioso sangue nos lavou. Ele viu a nossa cruel necessidade e com ela se identificou. Hoje, Ele nos convida a fazer com os outros exatamente o que ele faz conosco.

Pensamento: Existe uma distância muito grande entre saber o que diz a palavra de Deus e praticá-la.

Nossa oração hoje é para: Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude a cada vez mas diminuirmos esta tão grande discrepância que existe entre aquilo que sabemos e aquilo que fazemos.

Textos para meditação nos próximo sete dias: Provérbio 3.27, 2 Tessalonicenses 3.13, Tiago 4.17, Mateus 12.12, Gálatas 6.9, Isaías 1.17, Mateus 18.33

Fale, Sinta e Pense como um Adulto

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 1 Coríntios 13:11

Sabemos que é muito bom ser criança, muitos podem considerar a infância a melhor fase de suas vidas, onde não se tinham obrigações, responsabilidades, sem contar a inocência....

Mas todos nós sabemos que a infância é uma fase que não se pode eternizar, por melhor que seja, pois se emocionalmente e fisicamente não crescermos passa, então, a ser uma anomalia.

Por isso no verso que lemos há três características dessa fase que devem ser superadas a fim de desfrutarmos das vantagens que só a maturidade oferece:

I - Falava como Menino (Compartilhamento 1 - Então, Você tem alguma história de como a fala da criança é diferente da fala de um adulto?2- Como é a linguagem das crianças?)
( Deixe que algumas pessoas contem histórias, e a partir dessas história, você pode listar as características da fala de uma criança) Tais como:

a. Desconexa;

b. Sem profundidade;

c. Inoportuna;

d. Não é pesada pela responsabilidade– Essa é a principal característica.

Uma história engraçada sobre essa última característica...

Todas as crianças haviam saído na fotografia e a professora estava tentando persuadi-los a comprar uma cópia da foto do grupo.

- Imaginem que bonito será quando vocês forem grandes e todos disserem: 'ali está Catarina, é advogada', ou também 'este é o Miguel. Agora é médico'.Ouviu-se uma vozinha vinda do fundo da sala:- E ali está a professora. Já morreu..

(Compartilhamento 3 – Será que como adultos podemos falar como crianças? ) Então, muitos embora não sejam mais criança falam como criança. Por isso o Apóstolo Paulo diz que quem é adulto precisa deixar de falar como criança. Nós precisamos amadurecer, não podemos ser irresponsáveis com o que falamos. Afinal já está na hora de crescer! Não podemos mais achar normal falar as coisas de qualquer forma, ser levianos com as palavras...

Precisamos sair do nível da imaturidade no falar pra falar como pessoas adultas....

Quando eu era menino, falava como menino, mas agora... ”tá” na hora de crescer!

II- Sentia como menino- (Perguntas para compartilhar: 4 - Você já presenciou birra de criança? 5- Como as crianças agem quando são contrariadas?)

a. Um menino vive pelas emoções infantis, ele sempre vai optar pelas suas emoções. Ele não consegue racionalizar nem analisar nada. Se há um vidro de veneno e é agradável, ele bebe sem analisar se pode ou se não pode.

b. Acha que o que sente é a coisa mais importante do mundo: Eu quero aquela bola.” Ele não pensa: Não é minha, não posso tê-la agora”. Ele pensa: “eu sinto vontade de ter, e isso é tudo”.

c. Não se pode confiar em um menino, pois agora quer uma coisa depois quer outra, não tem um pensamento firme e constante.

d. Um menino emburra por qualquer coisa, fica empacado, fazendo birra, faz bico, se joga no chão. Meninos tentam ganhar as coisas no grito. Se não for do jeito que eles querem põem a boca no mundo.

(Perguntas para compatilhar- 5 - E você, será que tem momentos onde tem emoções de uma verdadeira criança? 6 -Você já identificou isso em alguma situação de sua vida?

Temos que sondar até mesmo nossas motivações quando queremos determinadas coisas, ou quando estamos sofrendo por perdermos. Porque muitas vezes somos motivados por aqueles sentimento infantil “de que é meu e que tudo é para mim.” Ou “não posso ouvir não”... Você tem que superar as emoções infantis...

Quando eu era criança sentia como criança...., mas “tá” na hora de crescer....

III - Pensava como menino – (Compartilhar - 6 Quando eu era criança pensava que se eu engolisse um caroço de larança nasceria um pé de laranja dentro de mim.. Por isso já me desesperei várias vezes quando engoli um... E vc quantas coisas você pensava quando criança que hoje se revelou como “mentirinhas”? a. Os meninos pensam que podem todas as coisas, inclusive voar, dirigir. Entretanto tem medo de coisas que consideramos insignificantes....

b. E embora tenham muitas informações, eles não têm formado seu senso de certo e errado.

c. E normalmente, compreendem tudo a partir de si mesmo. E como se o mundo estivesse girando em torno deles.

Uma história de como as crianças pensam... Isabela, 5 anos, diz à professora:-O Pedro quer namorar comigo! mas eu não quero.A Professora, achando justo e correto:-É mesmo! Você é criança, só adulto que namora.-Não é por isso não – corrige Isabela- é que vai que eu fico grávida! Você sabe quanto dói ter um bebê?

(Compartilhamento 7- E nós, como podemos amadurecer nossos pensamentos? Resposta: Devemos abandonar os pensamentos infantis.)

Adultos maduros sabem que têm limites e que não são super-heróis. Devemos crescer e saber que teremos desafios e precisamos vencê-los, pois é nossa responsabilidade. Não devemos ser irresponsáveis e esperar que as coisas aconteçam, pois adultos são caracterizados por saberem fazer suas escolhas, discernindo o certo do errado. Além de vencer seus medos e põem a mão a obra e assumem o seu papel.

Quando eu era criança pensava como criança...., mas “ta” na hora de crescer....

Conclusão: “Deixei estas coisas.”

Ninguém se torna maduro sem uma firme posição de o ser: O verbo original dá a idéia de ação. Por isso é uma escolha deixar as coisas de meninos....

E só na maturidade que:

- Herdamos a herança - a gente só pode desfrutar da herança quando crescemos...

- Geramos outros... Só na maturidade geramos e somos capazes de cuidar dos outros...

“Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo; (…) Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo.” (Gál. 4:1-3).

Discipulado: Uma questão de Obediência

Quebra-gelo: Se você pudesse ser outra pessoa, quem você seria?

I. Introdução

Na igreja que estamos inseridos é muito comum chamarmos as pessoas de discípulos,  falamos sobre discipulado, até mesmo celebramos o dia do discipulador com uma grande festa. Por isso queremos falar um pouco a respeito do que é o discipulado, pois embora Jesus  pudesse transmitir seus ensinos de muitas formas, Ele escolheu o discipulado como  a principal ferramenta  para reproduzir suas verdades.

II - Interessante: Na galileia do tempo de Jesus, os meninos em Israel iniciavam seus estudos da Torá(Lei) aos 6 nos. Aos 10, quando completavam o primeiro estágio, já tinham a Torá decorada. Apenas os que se destacavam seguiam para a escola secundária chamada Talmud. E aos 14 ou 15 anos somente os melhores dos melhores seguiam em frente e eram chamados de Talmidim, e ficavam aos pés dos famosos rabinos. Jesus aos 12 anos impressionou todos os Rabinos e quando começou seu ministério chamou 12 homens e fez deles seus Talmidins.

III - Leia Comigo: Mateus 28.18-19

IV - Perceba e Aplique o Ensino

1. Você consegue identificar neste texto  alguma ordem clara e expressa? Qual ou quais?
2.  Para quem foi direcionada esta(s) ordem(s)?
3.  Para você, qual a diferença entre um ordem e uma sugestão?
4.  Baseado neste texto o que você entendeu por discipulado?

Discipulado é o relacionamento entre um mestre e um aprendiz onde Cristo é o modelo. Pois o discípulo é um aluno que é treinado para ser cada dia mais parecido com Jesus. Então discipular é transmitir a vida, os valores e os ensinos de Jesus a outros. Por isso o discipulado é  uma  via de mão dupla, como uma corrente que nos liga a alguém antes e depois, pois devemos ser discipulados, mas devemos também reproduzir isso na vida de outras pessoas também.

1. Você em algum momento de sua vida já se sentiu grandemente influenciado por alguém ao ponto de defender suas idéias e querer ser parecido com ele e até mesmo influenciar outras pessoas? Quem foi ou é essa pessoa?
2. Hoje você se considera um discípulo de alguém ? por quê?
3. Em sua vida há alguma área, pensamento  que foi radicalmente mudado pela influência  de alguém ou pelo discipulado?
4. Qual a maior dificuldade que você encontra em ser discipulado?
5. O que você poderia fazer hoje para desfrutar melhor dessa ferramenta utilizada por Jesus?

V. Conclusão:

Fazer discípulo é uma ordem expressa de Jesus, entretanto, ninguém vai conseguir fazer discípulos se não estiver sendo discipulado. Ninguém poderá ajudar outros se não tiver sendo ajudado.

Todos somos chamados a participar dessa tarefa, isso não é um dom especial, mas um mandamento para todos, lembrando que essa foi a estratégia utilizada pelo maior de todos os mestres (Jesus) para reproduzir  o Seu caráter na vida de seus discípulos. E então está disposto  ser um talmidim ou discípulo?